O eucaliptol (C10H18O) é um éter cíclico e um monoterpenóide. Quando puro este apresenta-se sob a forma de um líquido incolor com um odor característico, similar ao da cânfora e um sabor fresco e picante. Possui uma massa molar de 154,249 g/mol, um ponto de fusão de 1,5ºC e um ponto de ebulição de 176-177ºC, e uma densidade de 0,9225. Forma aductos cristalinos com ácidos halogenados, o-cresol e ácido fosfórico, que são um elemento-chave na purificação deste composto.
Embora seja um dos constituintes de óleos de muitas plantas, tais como o louro, o gengibre, o rosmaninho, a salva ou o manjericão (entre muitas outras plantas aromáticas), o eucaliptol foi assim baptizado porque em 1870 F. S. Cloez identificou-o como o composto correspondente à fracção maioritária do óleo extraído do Eucalyptus globulus. Este constitui até 90% do óleo essencial de eucalipto (não confundir óleo de eucalipto com o composto eucaliptol). A partir da destilação fraccionada do óleo de eucalipto consegue se obter este composto com um grau de pureza de 99,6% a 99,8%.
O eucaliptol é utilizado como aromatizante, como fragrância na cosmética e como ingrediente na produção de fármacos, como antitússico. Também é utilizado como aditivo em alguns cigarros. É ainda utilizado em insecticidas e repelentes de insectos. No entanto, o eucaliptol é um composto que é atractivo a machos de várias espécies de abelhas Euglossini (abelhas das orquídeas), que aparentemente recolhem este químico para sintetizar feromonas.
Para doses elevadas (superiores às doses normais), o eucaliptol é tóxico, quer por ingestão, quer por contacto com a pele ou por inalação. Pode danificar o tracto respiratório e o sistema nervoso, e pode provocar alterações comportamentais. Está classificado como uma toxina que danifica a fertilidade das fêmeas, podendo também danificar a fertilidade dos machos.
Fonte: Wikipedia