
Esquema representativo da “Chicago Electric Dispersal Barrier”.
A cerca de 40 km a Sul de Chicago existe um curso de água onde não há vida. A razão pela qual nada vive neste local não é a poluição ou pesca excessiva, mas sim eletricidade. No fundo do rio existem várias grelhas de elétrodos que emitem 90.6 volts por metro (V/m) a cada 2.5 milissegundos. Esta barreira tem o nome de “Chicago Electric Dispersal Barrier”, ou em português barreira de dispersão elétrica de Chicago, e tem como função repelir a progressão das carpas asiáticas para os Grandes Lagos da América do Norte. Estas carpas foram introduzidas nos EUA para o controlo de algas e parasitas nos viveiros em Arkansas. Contudo, de alguma forma conseguiram escapar e chegando aos rios. Desde então têm-se multiplicado indefinidamente sendo o seu número já incalculável, visto que estas são capazes de colocar até um milhão de ovos por ano e não possuem predadores naturais. Como tal são responsáveis pela dizimação de outras espécies outrora presentes nesse ecossistema, pelo que é importante impedir o seu progresso para os Grandes Lagos. Infelizmente já foi encontrado DNA das carpas asiáticas nesses lagos, sinal que algo falhou neste sistema. Os cientistas creem que durante o leito de cheia elas sejam capazes de fugir à barreira elétrica existente.
Relativamente à razão pela qual a polícia marítima está instruída para não salvar ninguém naquela zona é mesmo a eletricidade. A corrente é suficientemente forte para que alguém que caia na água daquele local possa sofrer contrações musculares involuntárias, que podem levar ao afogamento e mesmo à ocorrência de fibrilação ventricular. Como contramedida a polícia tem focado os seus esforços na instrução da população avisando-os do perigo. Aqueles que não cumprirem essas indicações e se aproximarem demasiado do local sujeitam-se a coimas elevadas ou mesmo tempo de prisão.
Fontes:
The Water That The Coast Guard Won’t Save You From
Carpa asiática que limpava algas tornou-se uma praga
The Deadliest Water in the World