O processo de Cativa é um método de produção de ácido acético a partir da carbonilação do metanol. Desenvolvida pela BP Chemicals, esta tecnologia assemelha-se ao método criado pela Monsanto, recorrendo a um catalisador de irídio tal como [Ir(CO)2I2]– (1).
Os estudos iniciais feitos pela Monsanto mostravam que o irídio era menos activo que ródio no que diz respeito a carbonilação de metanol. No entanto, investigação subsequente veio a demonstrar que catalisadores de irídio podem ser promovidos pelo ruténio, e a sua combinação levou à criação de um catalisador de qualidade superior à dos sistemas baseados em ródio. A transição do ródio para irídio também permitiu o uso de menos água na mistura reaccional, esta alteração reduz o número de colunas usadas para desidratação, diminui a formação de produtos secundários (tais como ácido propiónico) e suprime a reacção de mudança do vapor da água.
Ciclo catalítico
O ciclo catalítico do processo de Cativa, acima representado, começa com a reacção de iodeto de metilo com a espécie catalisadora activa, que apresenta uma geometria quadrada plana (1), originando a espécie octaédrica de irídio (III) (2), o fac-isómero do [Ir(CO)2(CH3)I3]–. Esta adição oxidativa envolve a inserção formal um centro metálico de irídio (I) na ligação C-I do iodeto de metilo. Após a troca de ligandos (iodeto por monóxido de carbono), a inserção migratória do monóxido de carbono para a ligação Ir-C, passo (3) para (4), resulta na formação de uma espécie piramidal quadrada com um grupo acetilo como ligando. A espécie catalisadora activa (1) é regenerada pela eliminação redutora do iodeto de acetilo a partir de (4). O iodeto de acetilo é hidrolisado para gerar ácido acético, num processo que produz ácido iodídrico, o qual é por sua vez usado para converter o material inicial (metanol) no iodeto de metilo usado no primeiro passo.
Fonte: Wikipédia