O termo “Universo de Plasma” cunhado pelo laureado Hannes Alfvén, a quem foi atribuído o Prémio Nobel em Física em 1970, foi utilizado pela primeira vez em 1986, destacando a importância do plasma no nosso Universo. De facto, 99,999% do Universo visível é formado por plasma.
Mas o que é então o plasma?
O plasma, considerado o quarto estado da matéria, é nada mais do que matéria super-aquecida, em que os electrões (carregados negativamente) são são literalmente arrancados dos núcleos (carregados positivamente) formando uma espécie de gás ionizado. É considerado um dos estados da matéria pois tal como se aquecermos um líquido este passa ao estado gasoso, se aquecermos um gás este transforma-se em plasma – uma sopa de partículas carregadas positivamente (iões) e carregadas negativamente (electrões).

Um relâmpago é um exemplo de plasma encontrado na superfície terrestre. Fonte
Na Terra é possível encontrar plasma sempre que olhamos para uma chama, um relâmpago, ou observamos Auroras Boreais. Artificialmente encontramos plasma em luzes fluorescentes, sinais néon, e televisões plasma (tal como o nome indica), por exemplo.
Fora do nosso planeta o plasma encontra-se em todo o lado. A maior fonte de plasma do nosso Sistema Solar é o nosso Sol, constituído por praticamente 100% de plasma. O mesmo é verdade para todas as outras estrelas.
Uma vez que o plasma constitui uma parte tão grande do nosso Universo, é do interesse dos cientistas estudá-lo de modo a conhecer como este funciona. Outra razão para o estudo do plasma é a sua possível aplicação. Actualmente o plasma é, por exemplo, utilizado no fabrico de chips para computadores, e na desinfecção de objectos. Com o desenvolvimento de novas tecnologias quem sabe no futuro o plasma não possa ser a solução para alguns dos nossos problemas.
Fontes
Imagem de destaque: bola de plasma. Fonte