Hoje no Espaço Saúde vou apresentar um estudo publicado on-line a 18 de novembro no periódico Movement Disorders, que explica e aborda a exposição a certos tipos de antibióticos orais os quais pode estar associados a um risco elevado de doença de Parkinson.
Dr. Tuomas H. Mertsalmi, da Universidade de Helsinque, e seus colaboradores usaram um registo nacional para avaliar o impacto da exposição a antibióticos sobre o risco de desenvolver doença de Parkinson em pacientes diagnosticados entre 1998 e 2014. As prescrições de antibióticos foram avaliadas entre 1993 e 2014. A análise incluiu 13.976 casos de doença de Parkinson e 40.697 controles.
A relação mais forte que eles estabeleceram entre a doença de Parkinson e exposição oral a antibióticos foram os macrolídeos e lincosamidas. A exposição a antianaeróbicos e tetraciclinas 10 a 15 anos antes da data índice, sulfonamidas e trimetoprim um a cinco anos antes da data índice e medicamentos antifúngicos um a cinco anos antes da data índice foi positivamente associada ao risco de doença de Parkinson.
“O padrão de associações apoia a hipótese de que os efeitos sobre a microbiota intestinal poderiam ligar antibióticos à DP, mas são necessários estudos adicionais para confirmar esta associação”, escrevem os autores.