Hoje no Espaço Saúde vou falar-vos um pouco sobre rutura esofágica. Sim, existe e pode acontecer a qualquer um de nós e esta pode ser iatrogénica decorrente de procedimento endoscópicos ou outros instrumentos ou ocorrer de forma espontânea, à qual se dá o nome de síndrome de Boerhaave.
Apesar de poder ocorrer de forma espontânea, os procedimentos endoscópicos são a principal causa para haver rutura esofágica.
A rutura que acontece de forma espontânea está muito associada a eventos de vómitos, ansiedade no processo de deglutição ou deglutição de um bolo alimentar muito grande. Esta verifica-se maioritariamente em pacientes com co-diagnóstico de esofagite eosinofílica.
Quando ocorrer a rutura, esta localiza-se essencialmente na face lateral esquerda do esófago distal, o que despoleta a migração de ácido e outros componentes presentes no fluído gástrico causando mediastinite fulminante e choque sético.
Como sei que posso ter uma rutura esofágica?
O mais importante para diagnosticar rutura esofágica é estar alerta aos sinais e sintomas que podem surgir, tais como:
- Dor abdominal e torácica
- Febre
- Vómitos
- Hematémese
- Choque sético
Como chegamos ao diagnóstico de rutura esofágica?
O clínico após a exposição destes sintomas por parte do utente, vai proceder à realização de radiografias ao abdómen e tórax que é onde se encontram as principais queixas. E, posteriormente, vai solicitar uma esofagografia.
Como é tratada a rutura esofágica?
Para tratar a rutura esofágica é importante realizar um implante endoscópico de stent, em que os utentes vão receber antibióticos de largo espectro para evitar que haja uma infeção e afastar a possibilidade de um eventual choque sético. Apesar do tratamento, a possibilidade de morte é elevada por estar associado a um elevado risco de choque sético.