O Espaço Saúde vai abordar um tema com o intuito de demonstrar as evidências clínicas que existem acerca do alho. Já todos nós, pelo menos uma vez na vida comemos alho, seja na forma de tempero de carne, legumes, ou mesmo na sua forma natural, havendo pessoas que o preferem mais que outras, mas isso já depende do paladar de cada um. Leia este post e veja se mudou em alguma coisa a sua opinião acerca do alho. E será que a partir de hoje vai optar por temperar mais vezes a sua comida com alho? Vamos descobrir mais…
O alho (Allium sativum), em regra na sua forma de dentes, é extraído e transformado em pó e óleo de forma a aproveitar o seu principal ingrediente ativo que é a alicina ou S-alilcisteína, um aminoácido resultado do processamento de extração e transformação do alho. Para além disso, e como já foi mencionado, o alho também pode ser ingerido na sua forma crua ou cozida. Importa realçar que como os ingredientes ativos do alho são voláteis e destruídos no momento em que esmagamos o alho, a quantidade de ingrediente ativo que vamos ter vai variar consoante a forma como o tratamos e confecionamos. Assim, existem suplementos de alho em que existe uma melhor normalização da quantidade de substância ativa que contém. A mencionar o extrato de alho envelhecido – EAE, produzido através de um alho que envelhece por pelo menos 20 meses, em que os seus compostos ativos são muito mais estáveis nas suas diversas formas. Mas o que realmente importa é que consumir suplementos de alho nestas condições pode realmente conferir vários e bons benefícios à saúde.
Principais benefícios do alho para a saúde
- Diminui riscos cardíacos:
- Redução da pressão arterial;
- Redução das concentrações de gorduras no sangue;
- Redução da glicose no sangue;
- Inibição da agregação plaquetária in vitro.
- Protege contra cancro da laringe, gástrico, colorretal e do endómetrio;
- Protege contra o surgimento de pólipos adenomatosos colorretais.
Já foram realizados vários estudos científicos que permitem validar estas evidências clínicas mencionadas, sendo que a mais fortemente confirmada é da que reduz a pressão arterial. Quanto à diminuição do colesterol no sangue, os estudos realizados ainda não são efetivamente consistentes. Já relativamente aos níveis de glicose no sangue, o alho parece redução significativamente a glicemia em jejum. No entanto, ainda falta expandir o estudo para compreender a evolução e os níveis da hemoglobina glicada quando associada à ingestão de suplementação de alho. No cancro colorretal parece ainda não existir factos de que o alho seja realmente um protetor. O alho comido em grandes concentrações atua como antimicrobiano (verificado in vitro).
Efeitos adversos que podem ocorrer pela ingestão de alho?
A ingestão de alho, nomeadamente em grandes quantidades, pode desencadear odor desagradável durante a respiração e náuseas. Doses muito elevadas podem também desencadear ardor na boca, desconforto esofágico e estomacal.
De referenciar que o alho é contraindicado para pessoas que apresentem diáteses hemorrágicas, que façam anti-çhipertensivos, fármacos antiplaquetários ou varfarina.