Xeroderma é o termo médico para designar vulgarmente a pele seca, ou seja, é uma condição que não é hereditária nem está associada a anormalidades sistémicas.
O xeroderma resulta da descamação atrasada das células superficiais da pele, o que produz escamas brancas finas. Existem determinadas condições que aumentam a sua predisposição, tais como:
- Residir em local cujo clima seja frio e seco;
- Idade avançada;
- Dermatite atópica;
- Banhos frequentes, particularmente se utilizar sabonetes ásperos.
Nos casos em que a pele seca surge nas mãos, estas podem inflamar-se, desencadeando dermatite da mão (também conhecida como eczema nas mãos).
Figura 1 – Xeroderma pigmentoso em crianças japonesas.
O diagnóstico do xeroderma baseia-se em avaliação clínica.
Qual o possível tratamento?
Para tratar o xeroderma é necessário haver um controlo meticuloso na tentativa de maximizar a umidade da pele.
Assim, o tratamento do xeroderma focaliza a manutenção da pele úmida:
- A frequência e duração dos banhos deve ser diminuída privilegiando a utilização de água morna;
- A utilização de hidratantes cutâneostambém deve ser privilegiada, especialmente logo após o banho, para diminuir a perda de água transepidérmica.
- Hidratantes mais espessos, como aqueles à base de petrolato ou óleo são mais eficazes do que loções à base de água, embora loções à base de água possam ser mais bem toleradas em climas mais quentes.
- Acopladamente a estes cuidados, é fundamental aumentar a ingestão de líquidos e o uso de umidificadores também podem ajudar.
Em situações em que os pacientes desenvolvem dermatite das mãos, às vezes, exigem corticosteroides tópicos para diminuir a inflamação e manter a barreira cutânea.
Figuras: 1