O quati-de-cauda-anelada (Nasua nasua), também conhecido por quati-sul-americano, é uma espécie de quati, membros da família dos procionídeos (Procyonidae), da qual fazem parte os guaxinins. É animal nativo da América do Sul tropical e sub-tropical. A espécie encontra-se principalmente distribuída nas terras baixas a este do Andes, até a uma altura de 2.500 metros. Desde a Colômbia e as Guianas, até ao Uruguai e norte da Argentina. O Chile é o único país sul-americano, onde esta espécie não existe. Existem 13 sub-espécies reconhecidas. O seu estado de conservação atual é “Pouco Preocupante”.

O quati-de-cauda-anelada apresenta cores variadas, como castanho torrado ou castanhos mais escuros. Autor: Lars Falkdalen Lindahl.
Um indivídio pode pesar cerca de 2-7.2 kg e ter um comprimento entre os 85-113 cm, sendo que metade deste comprimento se deve à sua cauda longa. A sua cor é bastante variável, normalmente apresentando tons acastanhados, e os anéis na sua cauda podem até ser imperceptíveis. Distingue-se facilmente do seu parente, o quati-de-nariz-branco, devido à reduzida quantidade de branco no seu focinho. Pode alcançar os 7 anos de vida no seu habitat selvagem.
O quati-de-cauda-anelada é um mamífero diurno, capaz de viver tanto nos solos como nas árvores. Podem ser encontrados nas árvores e pradarias verdejantes. São omnívoros e comem principalmente fruta, invertebrados, outros pequenos animais e ovos de pássaro. Os quatis são bons trepadores e caminham por entre as canópias das árvores à procura de frutos. Fazem uso dos seus focinhos para cheirar e vascular tocas e fendas nos solos, à procura de presas. Também viram pedras ou abrem troncos com as suas garras, para procurar invertebrados.

É um mamífero tanto arbóreo como terrestre. Autor: Rufus46.
Os principais predadores do quati-de-cauda-anelada são as raposas, jaguares, cães domésticos, jaguarandis e humanos.
Hábitos sociais do quati-de-cauda-anelada
As fêmeas vivem em grupos com 15-30 animais. Já os machos são mais solitários. Outrora, chegou-se a considerar que estes machos solitários eram considerados uma espécie completamente diferente, devido aos diferentes hábitos sociais. Os grupos de fêmeas e os machos solitários não defendem um único território, sendo comum haver sobreposição destes.

Uma família de quatis, nas cascatas de Iguassu, Brasil. Autor: Murray Foubister.
A comunicação entre membros evolvem ruídos e gemidos, mas também conseguem emitir latidos que servem como alarme de predador. Quando o alarme soa, os quatis sobem para as árvores e afastam-se e depois descem para os solos e dispersam. Normalmente, dormem nas árvores.
As fêmeas de um grupo entram em cio quase simultânea, durante a época do fruto. Estas acasalam com múltiplos machos. O período de gestação dura cerca de 77 dias, onde a fêmea dá à luz a 2-4 crias, que são criadas num ninho nas árvores. As crias indefesas aqui ficam durante 4-6 semanas. As fêmeas abandonam o seu grupo durante esta altura. As jovens fêmeas normalmente permanecem nos grupos onde nascem, mas os machos, passados três anos, abandonam o grupo da sua progenitora.
Fonte: Wikipedia