O teste de Koppanyi-Zwikker (mais conhecido como teste de Zwikker) é um teste simples usado para identificar compostos barbitúricos. Neste teste utilizam-se duas soluções: uma solução aquosa de sulfato de cobre (II) com concentração de 0,5% (p/v); e uma solução de piridina 5% (v/v) em clorofórmio. Uma gota de cada é adicionada à substância a ser testada e, no caso de resultado positivo, desenvolve-se uma alteração da cor da amostra.
Este teste resulta no desenvolvimento de uma cor violeta clara na presença de fenobarbital, pentobarbital e secobarbital. Chá e tabaco originam uma cor amarelo-esverdeada. Dada a fraca especificidade, e como tem tendência a gerar falsos positivos, o teste de Zwikker não é muito utilizado no despiste de drogas, mas desempenha um papel relevante como corante em cromatografias de camada fina.
Método alternativo
Dissolver nitrato de cobalto em etanol a uma concetração final de 1% (p/v)
Dissolver a amostra em 1 mL de etanol, adicionar uma gota de reagente, seguida de 10 µL de pirrolidina e agitar a mistura.
Resultados
Observa-se uma cor violeta na presença das seguintes substâncias:
- Imidas, em que as ligações C=O e N-H são adjacentes num anel (e.g. barbituratos, glutetimida, oxifenisatina e sacarina)
- Sulfonamidas e outros compostos com grupos -SO2NH2 livres num anel (e.g. clopamida, furosemida, sulfanilamida e tiazidas), numa cadeia lateral (e.g. clorpropamida), ou com o grupo -SO2NH2 a ligar um anel a outro anel que não pirazina, piridazina, piridina ou pirimidina (e.g. sulfafurazole e sulfametoxazole). Estes últimos compostos originam cor rosa / violeta-avermelhado.
Compostos com HCl originam uma cor azul antes da adição da pirrolidina.
Não se obtém mudança de cor com compostos com outros substituintes no átomo de azoto.
Respostas anómalas: parametadiona e teofilina (violeta); cicloserina, idoxuridina, mefenitoína, niridazole e riboflavina (ausência de mudança de cor).
Fontes: Wikipédia | Clarke’s Analysis of Drugs and Poisons