A lampreia-marinha (Petromyzon marinus) é uma lampreia parasítica, também denominada de peixe-vampiro, encontrada na região norte do Oceano Atlântico, nas regiões costeiras da Antártida e da América do Norte, na região ocidental do Mar Mediterrâneo e nos Grandes Lagos (na fronteira entre os Estados Unidos da América e Canadá).
A lampreia-marinha possui uma coloração cinzenta, castanha ou preta no dorso e branco ou cinzento na zona ventral. É capaz de crescer até aos 90 cm de comprimento.

Boca (semelhante a ventosa) de uma lampreia-marinha. Autor: Drow Male
A larva das lampreias-marinhas passam alguns anos em ambientes de água-doce e posteriormente sofrem metamorfose, originando lampreias adultas que começam a migrar para o mar (ou lagos) e iniciam a sua alimentação. As lampreias são hematófagos, isto é, alimentam-se de sangue, neste caso de uma grande variedade de peixes. Fazem uso das suas bocas (semelhantes a ventosas) para se agarrarem à pele de um peixe, procedendo à erosão do tecido usando a sua língua e dentes queratinizados. Possuem secreções orais que impedem que o sangue da sua presa coagule. Ultimamente, o peixe acaba por morrer vítima de perda excessiva de sangue ou devido a uma infeção.

Truta-de-lago com duas lampreias-marinhas. Fonte
Passado um ano a alimentar-se, as lampreias regressam aos rios onde dão à luz à geração seguinte de lampreias-marinhas e morrem.

Peixe com duas feridas provocadas por lampreias. Fonte: KBIC
Podem ser consideradas espécies invasivas perigosas. Nos Grandes Lagos, a lampreia-marinha desequilibriu o ecossistema e trouxe bastante danos às espécies nativas, visto que a lampreia alimentava-se do sangue não só de predadores principais, como a truta-de-lago, bem como dos peixes que eram pescados na pesca desportiva. Isto combinado com a pesca excessiva provoucou o aumento excessivo de outras espécies não-nativas nos lagos. Atualmente, medidas têm sido tomadas para tentar controlar a situação (para mais informação vão ao link da fonte).
As lampreias são consideradas uma iguaria em algumas partes da Europa, como no sudoeste françês ou em Portugal, mas não é um prato comum no continente americano.
Fonte: Wikipedia