Um grupo de investigadores sul coreano converteu as pontas de cigarros usadas num material capaz de armazenar elevada quantidade de energia eléctrica e pode ser inciporada em computadores, smartphones, carros elétricos e turbinas eólicas.
No passado dia 5 de agosto, a equipa publicou um artigo, na revista Nanotechnology, onde mostrou que o novo material é superior aos materiais comerciais de carbono, grafeno e nanotubos. Acrescentam ainda que este material pode ser usado como super condensadores capazes de armazenar elevada quantidades de energia eléctrica, ao mesmo tempo que resolvem o problema da poluição pelos filtros dos cigarros. O problema da poluição pelos filtros estende-se a todo o mundo com mais de 5,6 triliões de pontas de cigarros ou 766571 toneladas depositadas no meio ambiente anualmente.
O co-autor Doutor Jongheop Yi, da Universidade Nacional de Seoul disse “O nosso estudo mostrou que os filtros dos cigarros usados podem ser transformado num material de carbono de alta performance num passo muito simples, que podem oferecer uma solução “verde” para armazenar energia.” Acrescentou ainda, “Muitos países estão a desenvolver leis para impedir que triliões de produtos tóxicos e não biodegradáveis, como as pontas de cigarro usadas, sejam libertadas no meio ambiente anualmente — este método é uma forma de conseguir isso.”.
O carbono é o material mais usado em super condensadores por ser barato, permitir a criação de compostos com grande área de superfície, possuem elevada condutividade eléctrica e são estáveis.
Atualmente, os cientistas procuram melhorar as características destes super condensadores, por aumento da densidade energética, potência e estabilidade entre ciclos. Este método recorre apenas a uma passo, a pirólise, que permite remover a estrutura do filtro e manter a estrutura de carbono formada pela deposição do mesmo aquando do ato de fumar.
Os testes da equipa mostraram que este novo material é capaz de absorver iões (carregar) e libertá-los (descarregar), funcionando como uma vulgar bateria. Para além disso, os resultados indicam uma maior capacidade de armazenar energia comparativamente com os demais materiais como nanotubos de carbono e grafeno.
Fonte: EurekaAlert | Artigo completo