O ácido valérico é um ácido carboxílico de cadeia alifática saturada com fórmula molecular CH3(CH2)3COOH. Tal como outros ácidos carboxílicos de baixo peso molecular, este composto possui um odor desagradável penetrante. Valerato é o nome da sua base conjugada. Este ácido orgânico encontra-se presente na valeriana (Valeriana officinalis), da qual recebeu o seu nome. É usado principalmente na síntese de ésteres – valeratos ou pentanoatos. Contrariamente ao ácido livre, os ésteres voláteis do ácido valérico tendem a possuir um odor agradável, sendo por isso usados em perfumes e outros cosméticos. O valerato de etilo e o valerato de pentanilo são usados como aditivos na indústria alimentar devido ao seu aroma frutado.
Propriedades físico-químicas
O ácido valérico, ou ácido pentanóico, segundo a nomenclatura da IUPAC, é um líquido incolor com aroma e sabor desagradáveis. Possui uma massa molar de 102,133 g mol-1, a sua densidade é de 0,93 e tem um valor de pKa de 4,82. Este composto solidifica (ponto de fusão) aos -34,5 ºC e vaporiza (ponto de ebulição) aos 186-187 ºC. É solúvel em álcoois e solventes oxigenados e ligeiramente solúvel em água (4,97 g / 100 mL) e em tetracloreto de carbono (CCl4).
Produção
O ácido valérico é produzido industrialmente através da oxidação do valeraldeído (pentanal). Também pode ser produzido através de açúcares derivados de biomassa, via ácido levulínico.
Este ácido orgânico é um dos componentes voláteis do estrume de porco, assim como escatol, trimetilamina ou ácido isovalérico.
O ácido valérico pode sofrer clorinação, originando cloreto de valerilo.
Saúde
O ácido valérico pode causar irritação quando em contacto com pele, olhos ou mucosas.