Um estudo recente, publicado na revista científica Food and Chemical Toxicology, dá a conhecer o trabalhos de uma equipa de investigadores espanhóis acerca da presença de compostos estranhos no café.
Neste trabalho, foram avaliadas as transferências, para a bebida, de compostos do cartão que constituí o copo do café, do revestimento plástico interno (LPDE) e ainda das tintas que são usadas para imprimir a marca ou publicidade no exterior do copo.

Os investigadores recorreram a a microextracção de fase sólida acoplada a cromatografia gasosa (HS-SPME-GC-MS) para identificar e medir o níveis de vários compostos presentes no café e que tiverem origem no copo e seus constituintes.
Foram identificados vários compostos já apontados pela regulamentação europeia 10/2011/EU. Todos esses compostos foram detetados em concentrações inferiores aos limites estabelecidos pela lei. No entanto, os investigadores identificaram uma série de compostos não listados e não autorizados em produtos não autorizados para consumo alimentar.
Os investigadores avançam ainda que esses compostos têm origem, sobretudo, nas tintas usadas para impressão no exterior do copo, mas que a camada LPDE do interior do copo é extremamente permeável a essas moléculas orgânicas pouco polares.
Não obstante, não se conhecem as reais implicações da ingestão destes compostos para a saúde.

Fonte: Asensio, E., Peiro, T., & Nerín, C. (2019). Determination the set-off migration of ink in cardboard-cups used in coffee vending machines. Food and Chemical Toxicology, 130, 61–67. https://doi.org/10.1016/j.fct.2019.05.022
Imagens: 1