A tarântula-chévron-de-Trinidade (Psalmopeus cambridgei) é uma espécie de tarântula na família Theraphosidae. Esta é endémica à ilha de Trinidade, a maior ilha de Trinidade e Tobago, um país arquipélago nas Caraíbas. O descritor específico “cambridgei” é uma homenagem ao patrocinador Frederick Octavius Pickard-Cambridge (3 November 1860 – 9 February 1905), um aracnologista britânico. Habita as florestas da ilha.
O veneno deste aracnídeo é a origem de psalmotoxina e vanilotoxina, neurotoxinas que inibem proteínas com motivos de pontes de cistina. Às vezes, Psalmotoxina é utilizado em terapêuticas para tratar pacientes que sofreram acidentes vasculares cerebrais.

Um indivíduo sub-adulto. Autor: Micha L. Rieser.
Como as restantes espécies de tarântulas, apresenta dimorfismo sexual. As fêmeas apresentam marcas escuras em forma de chévron no seu abdómen. As suas cores variam entre tons de verde e castanho, com as características cores vermelhas ou laranjas nas extremidades dos seus membros. Já os machos maturos apresentam uma cor mais uniforme cinzenta ou castanha. São também mais pequenos comparativamente com as fêmeas, medindo 12.7 cm (diâmetro da extensão de perna) em média. Os machos alcançam a maturidade sexual rapidamente, às vezes bastando um ano. A fêmea apresenta maiores dimensões e cresce rapidamente e pode alcançar 18 cm de diâmetro. Alimenta-se também rapidamente e nas condições apropriadas de terrário, é relativamente activa. As ninfas de tarântula-chévron-de-Trinidade são bastante oportunísticas, costumando criar tocas em fissuras escondidas com um cobertor, coberto por solo.

Uma tarântula-chévron-de-trinidade fêmea. É possível observar as colorações alaranjadas nas extremidades das suas patas. Autor: Viki.
Como se tratam de uma espécie arbórea, indivíduos adultos costumam construir teias e tubos de teias em fissuras ou buracos atrás de casca de árvore solta ou entre plantas epifíticas. Estas são organismos vegetais que crescem na superfície de outras plantas e obtêm a sua humidade e nutrientes do ar, chuva, água (em ambientes marinhos) ou da biomassa em redor.
Em cativeiro, a tarântula-de-chévron-de-Trinidade acasala livremente e cativeiro. Após um acasalamento, dois sacos de seda contendo ovos são produzidos. Cada saco contém cerca de 100-150 ovos. A fêmea é responsável por guardar o saco, revirando-o ocasialmente. Passados 6 semanas os ovos nascem. As crias ou ninfas usualmente divagam e dispersam após a sua primeira fase ínstar (após a primeira muda de exoesqueleto).
Fonte: Wikipedia (1), (2)