Breve introdução
Forma de transmissão e subtipos
A sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Treponema pallidum. A sífilis é transmitida de pessoa para pessoa pelo contacto direto com uma lesão ou mucosa sifilítica. Estas lesões ocorrem nomeadamente nos órgãos genitais externos como vagina, pénis, ânus ou reto, podendo também acontecer nos lábios e boca. A transmissão do microrganismo ocorre durante a prática sexual vaginal, anal ou oral. As mulheres grávidas que apresentem esta doença podem transmiti-la através da placenta ao feto ou ao nascimento ao recém-nascido.

Treponema pallidum em microscopia de varredura
A maioria das pessoas infetadas com esta bactéria não apresentam sintomas durante alguns anos, mas ainda correm risco de complicações tardias se não forem tratadas atempadamente. A transmissão ocorre de pessoas com lesões de estágio primário ou secundário e muitas delas nem são reconhecidas. Assim, a transmissão pode ocorrer por pessoas que desconhecem possuir a infeção por sífilis.

Lesões provocadas pela sífilis
Existem vários subtipos de sífilis, que se encontram de seguida:
- Sífilis primária;
- Sífilis secundária;
- Sífilis, latente precoce;
- Sífilis, latente tardia;
- Sífilis, tardia com manifestações clínicas (incluindo sífilis tardia benigna e sífilis cardiovascular);
- Sífilis silenciosa;
- Sífilis congénita.
A cada diferente estágio de sífilis correspondem sinais e sintomas próprios de cada uma.
Como reduzir o risco de contrair sífilis?
A única maneira de evitar as DST é evitar as práticas de sexo vaginal, anal ou oral. Um indivíduo sexualmente ativo deve adotar as seguintes medidas para diminuir a probabilidade de contrair sífilis:
- Estar em um relacionamento mutuamente monógamo de longo prazo em que o parceiro foi testado para sífilis e não é portador;
- Usar preservativo durante a prática sexual (os preservativos impedem a transmissão da sífilis evitando o contacto com a ferida – às vezes, as feridas ocorrem em zonas não cobertas pelo preservativo e o contacto com essas áreas pode transmitir a sífilis).
Diagnóstico
Na maioria das vezes, o médico pede um exame de sangue que é suficiente para testar a presença ou ausência de sífilis. Alguns profissionais de cuidados de saúde diagnosticam a sífilis analisando o fluído de uma lesão provocada pelo Treponema pallidum.
Tratamento
A sífilis é fácil de tratar quando ainda se encontra nos seus estágios inicias. Uma única injeção intra-muscular de Benzatina penincilina G de ação prolongada curará uma pessoa que tenha sífilis primária, secundária ou latente precoce. Em casos de sífilis latente tardia ou sífilis latente de duração desconhecida, a injeção será dada em três doses. O tratamento tem como objetivo principal destruir as bactérias Treponema pallidum responsáveis pela sífilis e assim, evitar que ocorram mais danos para o indivíduo.
Todos os indivíduos que recebam tratamento para a sífilis devem se abster do contacto sexual com novos parceiros até que as feridas provocadas pela bactéria estejam completamente tratadas. Devem ainda notificar os seus parceiros sexuais para que eles também possam ser testados e receber tratamento, se necessário.
Fontes: Centers for Disease Control and Prevention (Sexually Transmitted Diseases (STDs) – Syphilis – CDC Fact Sheet; Center for Disease Control and Prevention (Sexually Transmitted Disease (STDs) – Syphilis Treatment and Care; Centers for Disease Control and Prevention (National Notifiable Diseases Surveillance System (NNDSS) – Syphilis (Treponema pallidum)