É das aves mais inteligentes do mundo,o corvo em tempos foi honrado pelos índios americanos e é muito associado a travessuras devido ao seu comportamento brincalhão. É uma ave bastante acrobática e esguia, este pássaro negro consegue competir em acrobacias com os gaviões e os falcões, autênticos ases aéreos. Estas técnicas acrobáticas são necessárias durante a época de acasalamento, que é sempre precedido por uma dança complexa de perseguições, afundanços e rodopios aéreos entre as espécies.
Podem chegar a ter 66 cm de envergadura de asa, pesando apenas 1,3 kg. São animais muito comuns nas fábulas e mitos. Por exemplo: Odin, deus na mitologia nórdica, estava sempre acompanhado de dois corvos Huginn (“pensamento”) and Muninn (“mente” ou “memória”). Estes viajavam pela terra (“Midgard”) espiando tudo o que acontecia, incluindo os restantes reinos, para depois contarem a Odin o que tinham descoberto.
Para além da importância mitológica, a Torre de Londres mantem uma colónia de corvos que são treinados pela Guarda-real. Estes são considerados soldados da Grã-Bretanha e são aves muito apreciadas pelos turistas que lá vão. Diz-se que quando os corvos morrerem ou abandonarem a Torre, a Coroa Inglesa vai cair e o Reino Unido com ela.
Classificado como omnívoro, os corvos (Corvus corax) tanto são bons a procurar por alimento fácil, como também são caçadores eficazes, realizando, às vezes, trabalho em equipa. Estes bandos são capazes de caçar animais de maior porte que um corvo. Também se alimentam de ovos ou crias de outras aves e ainda de sementes, insectos, roedores e vermes. Já foram vistos a alimentar-se de lixo humano e de carcaças de outros animais.
Durante o inverno, os bandos de corvos alimentam-se durante o dia e descansam nas árvores à noite. No resto do ano, as espécies juntam-se aos pares ou em grupos pequenos. Realizam monogamia, permanecendo com o mesmo parceiro até ao fim da vida. Constroem grandes ninhos com galhos, onde as fêmeas depositam 3-7 ovos em cada primavera (Os cientistas supõem que são colocados objectos brilhantes nos ninhos, como anéis ou pedaços de metal, de forma a impressionar os outros corvos). O trabalho de cuidar das crias é partilhado por ambos progenitores, pois estas são dependentes por vários meses.
Outrora eram mortos quando eram vistos, devido a superstições e de serem considerados um perigo às aves e aos animais domésticos. Actualmente, as suas populações continuam a aumentar e povoam grande parte do hemisfério norte desde o pólo norte até à bacia do Mediterrâneo, incluindo zonas urbanas.
Fonte: National Geographic, Wikipedia