O Axolote ou Axolotle (Ambystoma mexicanum) são uma espécie de salamandras nativas do México. Esta espécie, ao contrário das restantes salamandras, passa a sua vida inteira na água. São uma espécie neoténica, isto é, os axolotes atingem maturação sexual sem sofrer algum tipo de metamorfose, retendo desta forma várias características da sua fase larval, como a barbatana dorsal que percorre quase todo o corpo e as brânquias externas que rodeiam a sua cabeça (permitindo assim a vida subaquática).
Podem crescer até aos 30 cm de comprimento, mas normalmente esta medida é sempre próxima dos 23 cm e é muito raro encontrar um indivíduo que ultrapasse os 30 cm. Costumam ser pretos ou acastanhados, mas existem variantes brancas ou albinas, que são mais comuns em espécies cativas. Alimentam-se principalmente de moluscos, de peixes pequenos, larvas de insecto e de crustáceos.
Actualmente, o axolote só é encontrado no Lago Xochimilco, perto da Cidade do México. Também era encontrado no Lago Chalco, só que desde o tempo dos astecas que tem sido drenado até ao século XX, devido a cheias periódicas que ocorriam. Agora, o Lago Chalco já não existe e o Lago Xochimilco encontra-se muito mais reduzido do que era. Devido ao crescimento da Cidade do México e há poluição do lago, os axolotes são uma espécie em perigo crítico de extinção (as populações de axolotes continuam a diminuir). A introdução de peixes de maiores dimensões e de garças no habitat também contribuiu para o estado actual da espécie, juntamente com o facto deste anfíbio ser também um petisco muito apreciado pela população local.
Em situações extremas, os axolotes sofrem metamorfose (estes casos são muito raros) e tornam-se adultos, ganham pulmões mais desenvolvidos e perdem a sua cauda, por reabsorção, tornando-se muito similares às salamandras-tigre (Ambystoma velasci). Mesmo assim, os adultos preferem permanecer nos canais e nas profundezas do Lago Xochimilco. Curiosamente, antes de sofrerem metamorfose vivem cerca de 10-15 anos, enquanto um adulto só vive cerca de 5 anos.
Esta espécie é também muito estudada devido às capacidades regenerativas invulgares que apresenta, conseguindo regenerar caudas e membros completamente novos.
Luís M. Tavares
Fonte: National Geographic, Wikipedia