Metodologia
O efeito foi testado em 14 homens onde foi colocada uma sinta de poliéster em volta do escroto, como mostra a figura abaixo.
Os 14 indivíduos usaram a cinta durante 12 meses e foram sujeitos a uma série de avaliações periódicas:
- Qualidade do sémen;
- Tamanho dos testículos;
- Diferença da temperatura recto-testicular;
- Hormonas reprodutivas no sémen;
- Biópsia testicular.
Também os potenciais electrostáticos gerados pela fricção da cinta com o escroto foram determinadas. As parceiras destes indivíduos continuaram a usar contraceptivos até que estes indivíduos se tornassem azooespérmicos. Depois de 12 meses, a cinta foi abandonada e repetiram-se os estudos supracitados.
Os resultados
Durante o período em que os indivíduos usavam a cinta, todos eles ficaram azoospérmicos após 140 ± 21 dias, com uma diminuição significativa do volume testicular e da diferença de temperatura recto-testicular. As hormonas reprodutivas no sémen não verificaram qualquer alteração significativa.Os tubos seminiferos apresentaram alterações degenerativas. Salienta-se o facto de que não ocorreu qualquer gravidez durante este período. As cintas de poliéster foram capazes de induzir potenciais electrostáticos:
- Dia: 366,4 ± 30,5 volt/cm2
- Noite: 158,3 ± 13,6 volt/cm2
Conclusão
A azoospermia é conseguida através de dois mecanismos induzidos pela cintas de poliéster:
- Criação de um campo electrostático entre as estruturas intra-escrotais;
- Alteração na termoregulação.
Os autores concluíram que um homem fértil pode conseguir azoospermia através do uso de cintas de poliéster. Segundo o mesmo autor, trata-se de um método contraceptivo para homens que é seguro, aceitável, reversível e barato.