Cerca de 99% de toda a comunicação mundial (internet e telefone) é feita à custa de cabos como os da imagem abaixo com cerca de 7 centímetros de diâmetro. Estes cabos são altamente resistentes e atravessam centenas de milhares de km debaixo de água e permitem ligar todos os continentes, à excepção da Antártida.
A rede de cabos que opera no fundos dos nossos oceanos pode ser consultada num mapa interativo onde estão representadas todas as conexões de internet que cobrem o nosso globo pelo fundo dos oceanos. Um clique sobre o cabo é possível saber o comprimento total, os locais por onde passa, o ano em que foi estreado e ainda quem são os proprietários (operadores).
Como são aplicados os cabos?
Os cabos de fibra óptica submarinos são aplicados com auxílio de uma embarcação especialmente desenvolvida para o efeito. Esta foi construída em 1995 pela Kvaerner Masa da Finlândia. A embarcação conta com cerca de 145 metros de comprimento, uma lufada de 24 metros e uma profundidade de 8,5 metros. Este navio consegue acomodar 8500 toneladas de cabos de fibra óptica. O navio conta ainda com 80 cabines e a possibilidade de operar 42 dias consecutivos em alto mar.
Os cabos
Os cabos, antes da aplicação em longo curso pelo oceano, era usados apenas para comunicação ponto a ponto. Contudo, com a utilização desta embarcação e o desenvolvimento dos novos cabos, a internet pode ser distribuída por todo mundo a velocidades bastante elevadas. Estes cabos permitem transmitir informação até cerca de 6000km a mais de 100 Gbits por segundo sem falhas na transmissão.
O cabo em termos estruturais é composto por vários cabos de fibra óptica agrupados no seu interior e revestidos por várias camadas que incluem vaselina, cobre, policarbonato, aço e polietileno. Um cabo destes nunca chega a ultrapassar os 3,5 cm de diâmetro.

1. Polietileno
2. “Mylar” fita
3. Fios de Aço
4. Barreira de água de alumínio
5. Policarbonato
6. Cobre
7. Vaselina
8. Cabos de fibra óptica
Vários estudos têm sido feitos de forma a perceber que impactos estes cabos podem ter nos ecossistemas subaquáticos, os resultados mostram que a vida marinha praticamente não é afectada. Isto porque os cabos estão convenientemente isolados, não sofrem degradação e não ocupam grandes volumes no oceano.