O colibri-de-Anna (Calypte anna) é uma ave de pequenas dimensões, com um comprimento de 9,9-10,9 cm. Este colibri, juntamente com as restantes espécies de beija-flor/colibri, pertencem à família Trochilidae. O colibri-de-Anna é um pássaro que costuma ser encontrado nos jardins da costa oeste da América do Norte. Tem um bico com cerca de 16-20 mm de comprimento. Ao contrário doutras aves que realizam migrações mais longas, o colibri-de-Anna permanece no seu habitat o ano todo.

Um colibri macho. Como se pode observar ele possui penas iridiscentes vermelhas no rosto e pescoço. Autor: Norvig.
Esta espécie apresenta dimorfismo sexual. Os machos adultos têm o pescoço e parte da cabeça cobertos com penas rosáceas a avermelhadas iridiscentes. Já as fêmeas têm o pescoço e zonas do ventre acinzentados com manchas um bocado esverdeadas. As fêmeas também têm manchas cor-de-rosa no seu pescoço. Já os juvenis são semelhantes às fêmeas, exceto os machos que começam a desenvolver penas iridiscentes vermelhas, enquanto as fêmeas ainda não desenvolveram as suas manchas cor-de-rosa. Já a sua cauda é ligeiramente arredondada.

Visualmente, a fêmea tem cores menos atrativas que o macho. Sobre o dorso possui penas de um tom verde-seco. Autor: Mathew Field.
Alimentam-se de insectos voadores ou de outros artrópodes. Também costumam beber o néctar das flores fazendo uso do seu bico e língua comprida. O colibri é uma peça importante da natureza pois também é um polinizador importante das flores.

Uma fêmea a alimentar-se de néctar. Autor: Mathew Field.
Como mencionado no início, o colibri-de-Anna pode ser encontrado na costa oeste da América do Norte. Desde o Canadá até regiões do norte do México. A época de reprodução da espécie decorre entre Dezembro e Junho em zonas de jardins e parques. Os colibris fêmeas constroem os seus ninhos no meio de vinhas de arbustos ou árvores. Os machos posteriormente realizam danças e rituais de cortejamento, chegando mesmo a cantar durante os mesmos, de forma a encantar as fêmeas.
A migração ocorre no final do Verão, em que o colibri-de-Anna migra para as montanhas no norte do Canadá, ou para outras zonas montanhosas. Durante o inverno, o colibri-de-Anna consegue aguentar as temperaturas frias pois converte os açúcares que bebe em gordura, que junatmente com as suas penas, ajudam na sua sobrivivência. Caso não seja suficiente, o colibri consegue diminuir o seu ritmo metabólico e entra num estado de torpor, diferente de hibernação.
As populações actuais desta espécie de colibri continuam a aumentar, tendo então um estatuto pouco preocupante e não estão em perigo de extinção.

Um ninho desta espécie de ave. É possível perceber que o ninho é bastante pequeno, quando comparado com um palito. Autor: F. A. Seidman.
De onde vem o nome do Colibri-de-Anna?
C. anna recebeu o seu nome de Anne Debelle, uma aristocrata francesa que viveu durante o século XIX. Ela era casada com Francois Victor Massena, segundo Duque de Rivoli e terceiro príncipe d’Essling. O ornitologista francês René Lesson é que atribuiu o nome de Anna à espécie de colibri abordada neste artigo.
Fonte: National Geographic, Wikipedia