O Animal em Destaque desta semana é a Osga-moura (Tarentola mauritanica), uma espécie de réptil bastante comum em toda a zona costeira do Mediterrâneo Ocidental, incluindo Portugal (ex: centro e sul) e algumas ilhas da região. Foi descrito pela primeira vez por Lineu em 1758. Um adulto pode chegar a ter 20 cm de comprimento máximo (incluindo a cauda, sem esta medem entre 10-15 cm) e possuem uma cabeça espalmada, sem pálpebras nos olhos com pupilas verticais. Têm uma tez acastanhada com manchas cinzentas, que podem ser mais escuras ou claras dependendo do seu habitat, e uma barriga amarelada. Também é conhecida por salamanquesa ou geckos (inglês).
É uma típica osga e como tal gosta de viver em zonas rochosas ou urbanas, aparecendo nas paredes ou muros de aldeias e cidades. Preferem zonas costeiras quentes e ao mínimo sinal de perigo fogem para arbustos ou longe do alcance de possíveis predadores, como aves ou gatos. Apesar de surgirem de vez em quando durante o dia para apanhar sol, a espécie é noctívaga. As osgas-mouras colocam-se perto de fontes luminosas, durante a noite, à espera que estas atraiam insectos, como traças, mosquitos, moscas e aranhas. Também se alimentam de formigas, escaravelhos e baratas.
As suas patas são adaptadas para conseguirem andar em superfícies verticais. Estas têm lamelas nas patas, que se ramificam em biliões de pêlos microscópicos que aderem a superfícies lisas, por interações moleculares, através de forças de Wan der Waals.
Reproduzem-se durante a primavera, após a hibernação. A fêmea deposita entre 2-4 ovos que demoram cerca de 4 meses a chocar. Durante esta altura as fêmeas aumentam de tamanho, pois muitas vezes guardam os ovos dentro dela antes de colocarem em fendas ou debaixo das telhas de telhados. Estes locais costumam não só ter ovos de um casal, mas sim ovos de várias osgas.
Actualmente as suas populações são estáveis, mas as osgas continuam a ser mortas pelos habitantes de aldeias ou cidades por medo ou outras razões. Porém as osgas são muito importantes visto que ajudam a controlar as populações locais de insectos.
Fonte: Wikipedia (1), (2), Reptiles & Amphibians of France